Háááá que saudades do sítio do meu finado avô Enoque e de vó Odete, quando pela manha tirávamos mandioca da terra, caju e manga das árvores, sem querer tocando numa flor bonitinha que causava uma baita de uma coceira, de um banho refrescante nos pequenos riachos. E depois do almoço... háááááá como o dia demorava, como o tempo parecia eterno, nunca acabava, e quando o por do sol demonstrava toda a sua beleza do criador Deus-Pai já estávamos sem energia de tanto curtir a inocência da infância.
Ai toda criança cresce, vira adolescente, vira homem com inúmeras responsabilidades.
Acorda cedo tem que levar os filhos na escola, não tem tempo para tomar café, transito lento, chega atrasado no trabalho, a noite corre para a faculdade.
Chega o sábado. Descanso? Diversão? Nada disso o homem não consegue parar a mente, precisar fazer algo, está extasiado porque tem trabalhos da faculdade que acumularam, pendências domésticas precisam ser resolvidas e a noite vai correndo para a igreja tentar um “empréstimo milagroso“ para que essa vida fique mais fácil.
Chega Domingo, agora sim, enfim um dia de descanso. Que nada os filhos reclamam atenção e querem ir para a piscina, a mulher pega no pé porque quer ver a mãe. Chega a noite, ai sim, descanso. Mas como? Amanha é segunda. Dia Branco. A mente começa a fervilhar listando os problemas e afazeres que tem que concluir. E lá se foi mais uma semana.
Pois é meus amigos, se pararmos e fugirmos um pouco deste stress, vamos perceber que já estamos em agosto. Daqui a pouco vem o Natal, e a Virada de Ano. Depois Carnaval. E o ciclo recomeça. Temos a impressão que o tempo está contra nós, e algumas vezes achamos que o problema está na gente que não estamos acompanhando o ritmo do mundo.
Certa vez, em conversa descontraída com um grande amigo Max, tocamos nesse assunto a respeito do stress, da correria, e o mesmo através de uma frase maravilhosa e bem colocada disse: “Será que não é porque nós estamos evoluindo, e o tempo começa a não ter mais tanta importância como antigamente?” E parando para analisar essa colocação, poderemos refletir que realmente estamos caminhando para uma era onde o tempo aos poucos deixará de ser o padrão para registrar através de números ou período as fases ou episódios das nossas vidas. Chegará um momento onde viveremos somente na eternidade, sem nos importa muito com rotulações e o tempo será apenas um mero relógio feito pelo homem.
Um abraço e até a próxima semana.